Se partirmos da premissa alucinógena de que Jesus cura
o homossexualismo, então, ele deveria curar também a homofobia, certo?
Eu não sei se o mundo sempre foi assim desse jeito. Se
as pessoas sempre foram tão fanáticas e aporrinhadoras. Em nome de suas religiões
elas se bitolam, perdem personalidade e voz, já que não falam nada mais em seu
nome, senão em nome do padre, da Bíblia, de Cristo, de Deus. Se está na Bíblia o devoto aceita e fomenta, se não está,
ele recusa e condena. Por falar em condenação, o ser humano não pode ver uma punheta que estende a cruz e manda ir de
retro. Está sempre escandalizado por tudo e por nada ao mesmo tempo, pregando
doutrinas, sentenciando pecados e julgando com maestria equina o certo do
errado, caminhando para trás em sua campanha e luta ao Retrocesso mental!
O “ultraje” que a propaganda gay do Boticário gerou
sequer teve tempo de baixar poeira, e os cristãos já se queimaram por mais outra:
O transexual pregado na cruz! O protesto era anti-homofobia, mas parece que gerou
efeito contrário, e ao invés do povo (que é homofóbico, mas diz que não)
refletir sobre a violência contra o homossexual, preferiu se ofender
com mais essa, parecendo que os incompreendidos e hostilizados aqui são os cristãos,
inventando inclusive uma neopatologia
científica frente ao ato da crucificação gay: “Cristofobia”. (Antes fosse "Cristãofobia").
Alguém lançou a terminologia no ar, e rapidinho a massa
a acolheu e a inseriu no dicionário de
ofendido, falando em nome dela com muito poder de causa, como se essa denominação
não soasse deveras exagerada e sem noção (para não dizer ridícula), de
pessoas que sequer entenderam o protesto gay, tendo um transexual pregado na
cruz.
A mídia por sua vez, coopera e incentiva o ódio da massa,
e a massa sem perceber, espuma pela boca e pede “vingança” pelo ultraje. Ameaçam
de morte a artista pendurada na cruz. Agora, querem sua cabeça!
Se Deus é amor e religiões pregam o bem, por que o que
mais vemos são pessoas cheias de ódio e religiões jogando uns contra outros?
A expressão: “Sair do armário” é antiga. Mas o que
significa isso exatamente?
Sair do armário = Deixar de esconder-se/ Aparecer/
Mostrar-se sem temer.
Décadas de luta. Séculos de sofrimento. O gay sempre
oprimido, ora considerado louco e doente, ora devasso e anormal, resolve sair
do armário, mas para sua decepção, eis que o pisoteiam e espezinham. O mundo
ainda não está preparado para ele!
Sim, podemos amá-lo, desde que se converta (?). Sim,
podemos aceitá-lo, desde que nunca mostre seu amor por outra pessoa do mesmo sexo
em público. Sim! Não temos nada contra, desde que nunca vejamos nada
relacionado a homossexualidade dele com nossos próprios olhos.
Sim! Somos todos hipócritas, julgadores, cruéis e
injustos, e esses são nossos maiores pecados, mas não sabemos disso, porque
estamos demasiadamente focados no pecado do próximo!
Em tempos de crentes e cristãos, parece que somos todos iguais, porém, “uns mais iguais que outros”. (Tal qual Animal Farm by Orwell).
“Família
tradicional” é a família que se ama! E nesse caso, os heteros deveriam
ficar bem quietinhos, pois há muita sacanagem, traição, violência... nessa família tradicional que tanto se quer
proteger. Se a sociedade está falida, as relações mais ainda! Falidas de informação,
tolerância e respeito ao próximo!
Na propaganda do Boticário, algum Milhões (cristão
específico) ofendeu-se piamente com o que viu, preocupado que seu filho de seis anos poderia ver o merchandising de
caráter gay, pois se trata de propaganda, e propaganda passa
em qualquer canal e qualquer hora.
Ora pois, querido cidadão! Ainda bem que o Boticário se prontificou em levar à mídia a homossexualidade - como a relação entre duas pessoas que se amam - em uma publicidade bonita de se ver.
Ainda bem que seu filho de seis anos já tem a oportunidade de confrontar a diversidade como: “Igualdade”: Se ele
cresce sabendo que a homossexualidade existe e é REAL, ele não será tão bitolado,
preconceituoso e despreparado no futuro, quando ver duas pessoas do mesmo sexo
vivendo em comunhão.
Enquanto na Irlanda (que tem um passado bastante cruel
contra gays) comemora a decisão de liberar o casamento homoafetivo no ano de 2015 e o parlamento europeu aprova reconhecimento às famílias gays, no
Brasil, a luta homossexual continua engatinhando em movimentos lentos como se
ainda estivéssemos na pré-história, ou sei lá, em algum tempo onde as pessoas
defendem que mulheres sejam apedrejadas na rua e ladrões enforcados em praça pública. Qualquer semelhança de Atraso social e intelectual aqui com outros países muito religiosos, não é mera coincidência...
Sim! Saia do armário, amigo gay! Mas não se você estiver
no Brasil ecumênico evangelical, onde ser gay equivale a crime!
Não, o homossexualismo não é perigoso para nada.
Perigosa é a fé e a religião! Um atentado contra o progresso!
Dispensa legenda, né? |
"Viviany Beleboni, a transexual crucificada na parada gay, explica que nos últimos tempos, duas conhecidas foram agredidas. Uma delas teria sido morta com quatro tiros em Porto Alegre. “Eu vejo a parada como um protesto, não como uma festa”, disse. “Usei as marcas de Jesus, que foi humilhado, agredido e morto. Justamente o que tem acontecido com muita gente no meio GLS, mas com isso ninguém se choca.”
Grupos religiosos No Brasil. Escolha a sua e seja