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Home, sweet home... Depois das férias!




Confesso que após mais de um mês na Alemanha, mesmo em épocas de temperaturas negativas e muita neve, deu um aperto no coração sair de lá. O contraste da temperatura (em média 40 graus de diferença entre os -5 de lá e os 35+ daqui) deixa o corpo e a cabeça da gente meio louca. Nessa época do ano apenas 3 horas fazem a diferença de horário entre lá e aqui, ficando a Alemanha adiantada no relógio.

É curioso: No terceiro ano quando morei na Alemanha, fiquei com uma saudade tão louca do Brasil, ao ponto de convencer meu marido a fazer as malas e voltar pra cá para viver... Comparo essa experiência com aquela piada onde a mulher, buscando um homem perfeito e cheia de exigências, começa a subir escadas até atingir o penúltimo andar e encontrar seu homem honesto, bonito, carinhoso, atencioso... e mesmo assim, na expectativa de poder melhorá-lo ainda mais, ela decide subir mais um degrau e acaba se estropeando. Bem, eu já tinha atingido meu grau máximo de qualidade de vida, mas aí pensei que a coisa poderia ser ainda melhor se pudéssemos ter essa “qualidade” associada a temperaturas positivas e praias próximas... Eis que estamos dois anos de volta ao Brasil, e eis que confesso ter perdido todo aquele bem-estar que tanto prezávamos em troca de um calor das arábias sufocante, preços e impostos abusivos, insegurança, falta de lazer, um convênio de saúde vagabundo... Vivendo e aprendendo! Ao menos ainda estamos em tempo de corrigir a cagada, e fazer novamente as malas de regresso à terra das batatas. Não é que eu seja do tipo antipatriota e tal, mas gentemm, confessem aí (sem hipocrisia): Quem de nós, tendo a oportunidade de viver no melhor país europeu, preferiria continuar aqui com a Dilma? Com o engarrafamento? Com transportes públicos cheios e demorados? Com a falta de educação das pessoas a cada esquina?
Pega pra você isso e seja feliz, se você é do tipo que defende e ama seu país até embaixo d´água, não importando o tamanho do escândalo e corrupção de seus regentes, da falta de estrutura e do excesso de caos geral dos Tupiniquins.

Eu queria mesmo era falar sobre as férias que passei na Alemanha, mas acabei me perdendo (para variar)...

De Dezembro a meados de Janeiro: Pegamos temperaturas negativas (mas não tão extremas), em torno de dez negativos. A época do ano onde os dias são escuros, pois o dia amanhece (com luz, não com sol, pois ele se esconde) cinzento às 8 da manhã e começa a anoitecer por volta das 16 horas da tarde. Vimos também os primeiros flocos de neve do inverno (sim, enquanto aqui é verão, lá e inverno), começando bem leve até caírem mais e mais, ao ponto de cobrir ruas, tetos, e a cidade inteira de branco. Pode parecer meio aterrorizante esse frio que congela mãos e pés, mesmo estando super agasalhados, mas não é, não! Garanto! E para quem se acostuma com a baixa temperatura, pode-se até mesmo praticar esporte ao ar livre, fazendo jogging, por exemplo! Todos os lugares estão aquecidos, e quando a gente entra em uma daquelas charmosas cafeterias, já temos que tirar o casaco na hora. As lojas têm umas promoções incríveis, não só de roupas, mas cosméticos, eletrônicos... Até mesmo os importados lá (os mesmos que nos descabelemos para comprar e pagar no Brasil), a gente encontra no mínimo pela metade do preço daqui, ou três vezes mais barato (pois claro, nenhum país europeu tem essas taxas de impostos absurdas repassadas ao consumidor que temos no Brasil, né?). Supermercado? Tem até Orgânico e Vegan! E não! Os preços desses produtos saudáveis, sem agrotóxicos, conservantes, bombas químicas... nada têm de abusivo como vemos nos supermercados brasileiros, dispostos para a elite.

Um lance meio esquisito é que ao contrário de festejarmos o Natal e o réveillon de shortinho e roupa branca na beira da praia, essas épocas festivas que nos acostumamos a viver no calor, são geladérrimas na Alemanha. As festas são no interior das casas bem aquecidas, apesar de ficarmos fora uns 15 minutos para soltar um foguetinho e outro. Não é regra, mas no Natal costuma-se comer pato, e no réveillon salmão. No início de Dezembro, são montadas feiras de Natal nas cidades alemãs que atraem turistas do mundo inteiro. Oferecendo quitutes para se comer em pé, parque de diversões, produtos artesanais, Glühwein (o nosso quentão aqui), o ambiente é acolhedor e convidativo para ir sozinho, com amigos ou a família.

Claro que agora não é tempo de andar de bicicleta por lá, mas se a gente quer, pode-se alugá-las na rua, em qualquer esquina. Inclusive carros no TeilAuto por uma bagatela. Aluga-se automóveis por hora, por quilometragem ou diária, sem precisar ir à loja. Ligamos e pum! O carro é aberto automaticamente. A chave fica dentro do carro. Assim, para quem não quer ter um automóvel para chamar de seu, pode alugar um apenas quando precisa. No dia a dia, desfruta-se das facilidades do transporte público que chega e sai pontualmente no horário disposto em visores eletrônicos: Bonde, ônibus, Metro... Uma maravilha!

Bom, tem mais, muitooooo mais! Mas isso ficará para as cenas de um próximo artigo capítulo. Para finalizar o post de hoje, deixo umas fotinhas de lá. Todas tiradas na fantástica cidade de Nuremberg, que é onde estaremos definitivamente a partir de março.

Fuuuiii! Beijo pra quem fica!



Prost!!!!!!!!!!

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Qualquer semelhança desse blog com a realidade, é pura cagada.

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