Um dia após o dos namorados, li uma anedota no blog do meu amigo Cacá, que me fez lembrar uma minha, (na verdade, isso está mais pra "trauma da vida privada" do que pra "comédia")....
Ahhhh, como eu era namoradeira! Fui tanto, que noivei a quantidade de dedos que tenho em uma das mãos! Em todas as oportunidades, estava com um pé no altar e outro para correr... Eu gostava mesmo era da fase do namoro e a festa de noivado, porém, o casamento me trazia a ideia de cueca suja e panela velha...E por isso, fugia!!!
Mas eu queria contar outra coisa...
Embora namoradeira, nunca fiquei sozinha, eu saía de uma relação longa (longo pra mim gira em torno dos dois anos) e já engatava em outra...
Foi na New Time, uma danceteria em Santa Catarina, quando recém desquitada do meu segundo noivo, conheci um príncipe encantado. Nessa noite não rolou beijo, nem patavina alguma, apenas uma química e a troca de telefones quase no final da balada, sem tempo de conhecermos absolutamente nada um do outro. Pois bem, confesso que fiquei na expectativa. Eu adorava essa fase do conhecimento e ansiedade sobre o que poderia rolar após uma conversa romântica... Eu ainda estava a espera e a procura do noivo ideal, Um menino bonito para casar! E enquanto o cara certo não chegava, eu ia tocando com os errados mesmo...
Dias depois, quando meu telefone tocou, recebi um convite às pressas do meu "príncipe" errante para jantar, numa ligação apaixonada e curtíssima... (economizando na conta?) Preferi supor que ele estava ocupado...
Na noite combinada, vesti uma saia tubinho, um colete acinturado chiquetérrimo, salto plataforma (maiores que um tijolo) e passei duas gotinhas de Gabriela Sabatini (presente de um ex-namorado) atrás das orelhas. O ponto de encontro era a rodoviária (pois eu só andava de Buzão), onde ele me esperaria de carro. O ônibus se adiantou e acabei chegando antes do combinado. Fiquei circulando feito uma barata tonta nas proximidades, um pouco afastada do local combinado para não dar na cara que eu tinha chegado primeiro (eu precisava manter a tradição de fazer o homem esperar ).
Tri-lim, tri-lim, tri-lim - Agarrei o celular (depois de deixá-lo soar, propositalmente, tres vezes), e com um friozinho na barriga, perguntei:
“Onde você está?”
“Onde você está?”
“Aqui! To na frente da rodoviária, caminhando em direção a você, porra!” - respondeu o príncipe.
“Onde, onde??” - inquiri afoita, fazendo de conta não ver o molambento que acenava escandalosamente pra mim, e ainda, desconsiderando seu vocabulário grotesco.
“Eu to com havaianas e bermudão, não conseguiu me ver ainda?”
Eu estava tão alinhada, que tinha creme até nas solas dos pés. Caminhei de forma escorregadia pela sandália alta, enquanto desacelerava o passo e a vontade em desaparecer!
A Dama e o Vagabundo deram três beijinhos cordiais e o vagabundo levou a dama até seu carro (onde obvio, não abriu a porta).
Depois de me dizer:
“Porra, você tá filé mesmo, hein!”, - reclamou ao pagar o estacionamento automático e conferiu as moedas do troco antes de partirmos. Confesso que eu já havia perdido a vontade de conversar, e o frio na barriga se tornara embrulho (ou gases), pois enquanto o olhava com o rabo do olho, vi que ademais de ser grosseiro, era feio pra burro (Eu queria sumir!)
Depois de me dizer:
“Porra, você tá filé mesmo, hein!”, - reclamou ao pagar o estacionamento automático e conferiu as moedas do troco antes de partirmos. Confesso que eu já havia perdido a vontade de conversar, e o frio na barriga se tornara embrulho (ou gases), pois enquanto o olhava com o rabo do olho, vi que ademais de ser grosseiro, era feio pra burro (Eu queria sumir!)
Pensei que ele me levaria a um restaurante encantador e tentaria me seduzir com galanteios para desfazer a primeira má impressão. O restaurante resultou em um boteco de beira de praia, e a janta, se resumiu em duas coxinhas e um frango de palito. Enquanto meu acompanhante falava de boca cheia, eu observava a oleosidade que cintilava em sua extremidade bucal.
“Porra, gata, você não vai comer nada mesmo? Podexá que eu pago!” – perguntou ele, preocupadíssimo com minha alimentação, e em seguida, apontou-me o palito (com metade do frango comido), quase no meu nariz.
“Porra, gata, você não vai comer nada mesmo? Podexá que eu pago!” – perguntou ele, preocupadíssimo com minha alimentação, e em seguida, apontou-me o palito (com metade do frango comido), quase no meu nariz.
"Dá um teco aí!"
Eu tive vontade de mandá-lo enfiar o palito de volta à b unda oca naquele exato momento, mas ainda precisava de um motorista que me levasse de volta pra casa e precisei conter meus anseios...
Caramba, como o príncipe pode virar sapo logo na primeira noite?? Bem, eu nem vou contar que, sem perceber minha decepção, depois da “janta”, ainda com resquícios de frango entre os dentes, o sapo tentou me beijar com sua boca de soya... Foi a relação mais curta que eu tive, nem pra virar amizade rolou...
Geyme!!! Hilária sua história... rsrsrsr... Me fez lembrar das histórias do blog HTP (homem é tudo palhaço!) Conhece? Eu indico!!! Já li até o livro delas! http://tudopalhaco.blogspot.com/
ResponderExcluirObrigada pelo comentário carinhoso lá no blog! Vou te seguir tb!!! beijocas
Geyme, acho que se demorasse mais um pouco, o troglodita ia lhe arrastar pelos cabelos até o carro . hahahahaha! Melhor do qua minha história. Abração, querida. Paz e bem.
ResponderExcluirSeria trágico, se não fosse cômico! É por estas e outras que eu evito expectativas (as boas, bem entendido)!
ResponderExcluirGeyme,você tem muito senso de humor!!!Acho isso um absurdo, a gente se prepara para tudo ele não. Mesmo os homens que se dizemos normais, nós mulheres nos produzimos muito, e eles no máximo um banho, kkk. Me revolto!
ResponderExcluirbju
Tenho a impressão que boa parte de nós passamos por uma dessa, mas, como já dizia um amigo meu, "será que querem mesmo que tenhamos uma relação com alguém desse tipo" a vaca foi pro brejo.
ResponderExcluirSão por essas e ouras que não acredito em fadas ou bruxas.
Abraço
Ah, estou pesquisando a origem do espirro!!!
ResponderExcluirGeyme...meu Deus, enquanto eu lia o seu relato sentia um nervoso como se estivesse la!!Que horror,menina,que pesadelo....e ainda tendo que aguentar ate o final pela carona...affe Maria!!!Cada coisa que passamos ate encontrar o tal,isso quando se encontra, sapo demais nesse mundo..rs!!
ResponderExcluirAdorei o seu post, a gente nao consegue parar de ler...flui deliciosamente!!
Bjks.