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Pilantragem Editorial: O Desencanto dos Novos Autores.


A quem possa interessar:
Tendo em vista o contato que temos com os novos escritores no mercado brasileiro, a escritora Laura Elias e eu, em parceria (dessa vez, menos louca), resolvemos escrever um texto sobre a bandidagem editorial e seus clientes.

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Escrever um livro vai muito além de contar uma história. Escrever envolve processos íntimos e profundos, perseverança, paciência. Para cada livro escrito há vários milhares que não passam da primeira página ou que ficam pela metade. Nem todo mundo que pensa em escrever ou começa a fazê-lo consegue terminar o que iniciou, não porque lhes falte inspiração, mas porque lhes faltam a constância e a determinação necessárias para que o projeto chegue ao final. Este texto não é para estas pessoas, embora elas possam achá-lo interessante. Este texto é para aqueles que, após iniciarem seu livro, conseguem terminá-lo e se vêem com uma obra em mãos, sem saber direito como torná-la algo físico, com capa, contracapa e orelhas. Algo que outras pessoas comprarão, levarão para casa e passarão horas lendo. Como sair do texto pronto, porém ainda não nascido, para algo concreto chamado livro? Como fazer a obra chegar às mãos dos leitores? Como conseguir uma editora que transforme o sonho em realidade?
O Boom do novo milênio, para aqueles que estão envolvidos de toda e qualquer forma com o mercado editorial, trouxe um centenar de novos escritores e, como conseqüência, o surgimento de novas editoras para atender a este público que a cada dia se multiplica. Dispondo de um leque de promessas mirabolantes distribuídas por sites que estampam ares profissionais, este caleidoscópio editorial surge para muitos autores novos como a varinha de condão que transformará suas vidas, que fará deles escritores populares e de seus livros, sucessos de venda. É aí que mora o perigo.
Sem experiência e na pressa de ver seus livros publicados, muitos autores desistem de entrar na longa fila de espera das editoras que PAGAM por seus profissionais e migram para a curta fila daquelas que COBRAM para publicar.
A associação que fazemos ao ouvir as promessas e ler os contratos das editoras que publicam sob demanda, é a mesma de funerárias, ou seja: os familiares que enterram seus entes estão dispostos a pagar valores exorbitantes pelo enterro dos seus, assim como os novos escritores a pagar pelo nascimento de suas obras. As funerárias tanto conhecem a vulnerabilidade de seus clientes quanto às novas editoras a dos seus autores, e aqui, enquanto o lado capitalista está disposto a explorar a situação até o ultimo centavo, o outro está disposto a pagar até o ultimo centavo para que o serviço proposto seja feito. Sim, paga-se caríssimo pra nascer, pra casar, pra morrer, e claro, para publicar o próprio livro!
Sem querer apedrejar as novas editoras ou formular uma cartilha para autores iniciantes, deixamos o alerta:
Tem editora oferecendo mundos e ENTREGANDO APENAS OS FUNDOS.
No contrato dessas empresas “realizadoras de sonhos”, o escritor encontra um arsenal completo para transformar o abstrato em concreto: divulgação, vendas, pagamento de direitos autorais acima do mercado, assessoria pós-publicação. Mas o resultado final é um livro mal impresso, de qualidade questionável, erros grotescos, preço final de venda altíssimo, inacessibilidade ao leitor e nenhuma assistência.
Foram incontáveis os livros que recebemos, publicados recentemente por essa nova geração de parceiros (escritores e editoras), onde encontramos erros não apenas de digitação, mas de andamento de texto, pobreza de argumentos, falta de aprofundamento de trama, evidenciando que ali faltaram revisão e a mão do editor. Para que fique claro, é função do editor trabalhar o texto junto ao autor de forma que o livro ganhe melhores contornos e fique mais rico. Também é função do editor recusar um texto por achá-lo ainda imaturo ou superficial, assim como é função também, auxiliar o autor a melhorá-lo. Isso faz um bom editor que PAGA pelo texto, uma vez que seu lucro virá da venda do livro, coisa que nas publicações por demanda fica relegada, na maioria das vezes, a plano nenhum, porque este já RECEBEU o seu quinhão.
Quanto à questão da preparação de texto e correção, é certo que um escritor não é necessariamente um mestre em Português, idioma complicadíssimo e cheio de detalhes, mas um “fabricador” de estórias. É função da editora oferecer uma correção de qualidade superior, um revisor em carne e osso por detrás desses ineficazes “corretores” ortográfico-gramatical de computadores.
A triste verdade por trás das promessas encantadas, é que muitas editoras sequer conhecem as obras que publicam! Isso sem falar ainda, daquelas que prometem distribuição, internacionalidade e agenciamento literário, vendendo o slogan de que foram criadas para “tornar possível o sonho do autor”. MENTIRA! Elas foram criadas para gerar lucro, e aqui, nada contra o ganho destas, afinal, uma editora não é uma entidade filantrópica, mas uma empresa como outra qualquer. Porém, cuidado com a pilantragem desses falsos Messias que não cumprem suas promessas e deixam o dever de casa pela metade.
O mundo editorial, hoje, precisa de MAIS editores comprometidos e MENOS picaretas! Não adianta ter uma produção literária enorme sem qualquer qualidade, sem substância, sem critério. Isso não vai alavancar ou estimular a literatura nacional, só vai servir para engordar as contas bancárias dos autores internacionais, estes sim, vindos de editoras que realmente investem em suas obras, e continuar dando a eles os primeiros lugares nas vendas, nas listas, nos holofotes.
É claro que não há editoras com a faca no pescoço de ninguém, obrigando fulano ou beltrano a publicar aqui ou acolá. São os clientes quem a escolhem! Mas fica a dica:
Ao contratar uma editora, não se apresse! Pesquise nome, as referencias, outras publicações, fale com escritores promulgados pela mesma, indague, exija e usufrua de cada cláusula, uma vez que você é o cliente e tem o direito! E tenha em mente que ninguém fará sucesso do dia para noite, há um caminho a ser trilhado e, a menos que você seja muito influente ou tenha excelentes conexões, você vai ter que passar por ele! Não se deixe levar por pessoas que incham seu ego, não seja presa de sua própria vaidade! Não permita que esta pilantragem de muitos milhares de reais, engula você também.
E lembre-se: Você acha que não vive sem eles, mas na verdade são eles que não sobrevivem sem você!
Desejamos sorte e sucesso pra todos que estão começando agora!
Beijos,
Laura Elias & Geyme Lechner

10 comentários:

  1. Realmente um texto maravilhoso.
    Tem muita editora picareta e muito livro cheio de erros. É interessante ler algo de quem foi publicado e conhece esse mercado.

    Beijos!!

    Carissa
    Arte Around The World

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  2. Oi, Geyme! Já deixei meu comentário lá no Insanas. ABração. Paz e bem.

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  3. Geyme, caríssima... Não é que a parceria com a Laura Elias politizou-a mais ainda! Mas, cadê os palavrões; as palavras tarjadas; a verve livre, leve e solta? Achei o texto magistral, mas senti falta de algo mais ou menos assim: Tem editora oferecendo mundos e muitos escritores dando o fundo (ENTREGANDO APENAS OS FUNDOS).
    Reconheço que todos temos um ou outro momento de seriedade, mas, por favor, não se vicie. Rsrsrs

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  4. @Assi Saleshahaha amigo rapozao, nem se eu gritar e rodar a baiana o povo me leva a sério,às vezes é necessário um momento de sobr/ebriedade e lucidez nesse mundo cao!!

    To zuando,, eu sabia que vc viria com alguma piadinha, mas nao imaginei que fosse justamente com o fundo dos escritores, hahaha

    O texto tarjado, desbocado e cheio de entrelinhas vou deixar para os próximos (e todos) posts que nascerao de uma constante diarréia cerebral!
    Caminhe pelo lado negro da forca, Carolyne!!! G-Zuis te ama!

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  5. Olá Geyme.

    Sem palavras para expressar minha admiração pelo texto, que realmente resume a realidade do mercado editorial.
    É devido ao que o texto aborda que até o momento não publiquei nenhuma das minhas obras pela forma "convencional".

    Parabéns!!!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Oi Geyme, eu não sou escritora, mas tudo que você escreveu é o que eu realmente gostaria de dizer sobre este assunto. Muitas vezes eu tentei ler uns dos novos escritores, mas infelizmente não consegui chegar a segunda página - já cheguei a desistir ainda na página de dedicatória. Além da pobreza do texto, muitos e estrondosos erros ortográficos e gramáticais. Reconheço, porém, que a grande culta de tudo isso é das editoras, pois deveriam em respeito ao escritor e principalmente ao leitor, oferecer um texto digno que não cause vergonha ao que escreveu.
    Mesmo assim, ainda acho alguns escritores deveriam reconhecer muitos dos erros que cometem, pois muitas vezes são erros simples de colocação pronominal ou de crase.
    E quanto a pobreza de conteúdo,de linguagem e de expressão, nada mais é que falta de leitura. Determinados escritores precisam ler mais e mais livros de sua própria língua, ou em outra que ele domine, sem tradução, para assim conhecer o pensamento, emoção e linguagem dos tidos como autênticos escritores.
    Muito boa sua ideia de botar a boca no trombone, beijos

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  8. @M�nicaÉ Monica, como eu digo sempre: "Tem gente fluente no ingles e porca no portugues!"!
    ...mas ademais dos erros (referentes às obras), que nós citamos no texto, e que vc citou no seu comentário, tb tem essa parte de pobreza textual e falta de qualidade literária... E a falha aí, sao dessas novas editoras que tem colocado muita literatura questionável no mercado, sem auxiliar o escritor e sem cumprir com o combinado no contrato, somente para faturar suas moedas... Eu acredito muito na literatura nacional, mas acho que temos olhá-la por um novo paradigma e dar um voto de confianca aos novos talentos que estao, e ainda virao por aí!
    Beijo grande, querida!!

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  9. Excelente texto!!! Realmente, muito bommmm!!!!! Adorei!

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  10. Como romper o silenciamento do autor brasileiro contemporâneo? Estudei um pouco sobre e to trabalhando para que o brlivro.com seja uma realidade.
    Estudo: https://drive.google.com/open?id=0Bxnk3qCuYC2dQlhiWFZTbHk0UFE

    Aceito toda ajuda e sugestão.

    ResponderExcluir

1. Está vetado o linguajar muito sacana ou ofensivo - salvo exceções bem aceitas, do tipo: xingar o próximo (isso pode!).

2. Se quiser delirar, procure a torcida do flamengo, pois de sacana aqui já basto eu!

3. A gerência de marte agradece a compreensão!

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Qualquer semelhança desse blog com a realidade, é pura cagada.

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