Salvo o exagero no título do post, caraaacaaa: “World´s
greatest dad” é um daqueles filmes que surpreendem, e... MUITO!
Vou bem confessar aqui que nunca fui fã do Robin
Williams, apesar de o cara ter feito uns filmes fodásticos (deixo exemplo Sociedade
dos poetas mortos, violação de privacidade, a Gaiola das loucas...). Mesmo
assim, sempre fui desconfiada dos curtas ou longas onde ele aparece, pois em
muitos de seus trabalhos ele representa papeis dos quais, de alguma forma, a gente
precisa acreditar que aquilo é possível. Outro tanto é a ingenuidade de seus
papeis, onde em geral, só de olhar para ele e aqueles olhos bondosos já dá
vontade de chorar.
Faz um bom tempo que eu tenho o “O melhor pai do mundo”
na minha lista de filmes, mas somente ontem fui assisti-lo... É que lendo a
sinopse nunca deu muita coragem de tocar no play.
Saca o drama:
Lance Clayton (Robin Williams) tinha o sonho de ser um grande escritor. Mas, hoje, ele é um professor. Um de seus alunos é seu próprio filho Kyle (Daryl Sabara), com quem ele não tem um bom relacionamento. Quando Kyle morre de uma forma humilhante, Lance escreve um falso bilhete de despedida para evitar constrangimentos na família e esconder as condições vergonhosas de sua morte. O que ele não esperava é que o texto da carta ia se espalhar e Kyle, antes considerado um idiota, vira um ídolo no colégio. Com todas as atenções sobre ele, Lance tem que sustentar essa mentira e decide retomar sua carreira de escritor, escrevendo um falso diário de seu falecido filho.
Bom, a gente lê uma sinopse dessas e já fica com
vontade de morrer, ou no mínimo, enfiar o dedo nos olhos. Por isso que fiquei me
encorajando e esperando o momento certo para ver um treco desses. Não que drama
familiar seja minha kriptonita, não! Mas foi a falta de coragem (e vontade)
para ficar duas horas vendo um pai escrever cartas sobre o filho que se suicida...
Whatever! O filme é muito mais profundo
e revelador que qualquer pré-conceito que possamos ter sobre ele ou sua sinopse.
E quer saber de um detalhe? O melhor pai
do mundo está mais para uma putttaa comédia Cult do kralho que para drama. Ponto uma vez
mais aqui Bobcat Goldthwait, diretor do filme, que soube mandar o recado com louvor.
Curiosos?
Deixo aqui então a mesma mini sinopse acima, porém, consertada:
Lance Clayton (Robin Williams) é pai de Kyle (Daryl Sabara), de 15 anos com quem ele não tem um bom relacionamento, pois o rapaz é um tremendo filho da puta. Lance é professor na mesma escola que o filho estuda, e tudo o que o pai faz, fala, pensa... é ridicularizado por Kyle, que considera o mundo inteiro uma grande bosta, e todas as pessoas homossexuais, imprestáveis, imbecis, babacas... (mais ou menos por aí)... Enquanto Kyle se acha o espertão, seus colegas na escola o repudiam. Não é à toa, ele só fala em vagina, punheta, em sexo anal... “Mulher” para ele tem o mesmo significado de uma boa foda, apesar da pouca idade e inexperiência. Para o diretor do colégio onde Lance trabalha e Kyle estuda, ele tem atraso mental. Mal educado e agressivo, principalmente com o próprio pai, Kyle tem umas taras bem especiais. Uma mulher de 80 anos pode excitá-lo tanto quanto enforcar-se no momento do amor solitário. E assim que esse jovem morre aos 15 anos: Enforcado enquanto bate uma! E é aí que Lance, o pai, escreve um falso bilhete de despedida para esconder as condições vergonhosas da morte de Kyle. O que ele não esperava é que o texto da carta ia se espalhar e Kyle, antes considerado um idiota (de fato o era), vira um ídolo no colégio. Com todas as atenções sobre ele, Lance tem que sustentar essa mentira e decide retomar sua carreira de escritor, escrevendo um falso diário de seu falecido filho.E se até aqui o filme já não está extraordinário suficiente, na sequência ele detona e apavora!
Espero que vocês tenham a mesma impressão maravilhosa
que eu tive com essa trama, tão simples, mas ao mesmo tempo tão
bem contada, com todas suas ironias e sacadas de mestre, brilhantemente atuada
por todos os atores, mas principalmente pelo Robin (quem deixa filmar a sombra
de seu bigolim nos últimos minutos).
Se antes eu tinha alguma dúvida ou desconfianças sobre
filmes com Robin Willians, retiro tudo o que disse e pensei sobre ele, enfiando
desde ontem meu rabo entre as pernas, e engolindo cada maledicência pensada
sobre esse grande ator.
Coincidências da vida Robin ter morrido “vítima” da
mesma problemática com qual trabalhou várias vezes no profissional.
“Suicídio é uma solução definitiva para um problema
passageiro”
O melhor pai do mundo – Recomendo!