Sinopse:
Lucy (Scarlett
Johanson), uma jovem estudante que mora em Taiwan, China, é obrigada por um chefão
da máfia chinesa a servir de mula, levando uma droga poderosa (CPH4) no
estômago, a outros países. Porém, ao ser espancada por um capanga, a sacola se
rompe dentro de seu estômago e Lucy absorve a droga em grandes quantidades,
ganhando acesso a zonas cerebrais antes inativas, o que rende a ela poderes
inimagináveis. Ela contará com a ajuda do Prof. Norman (Morgan Freeman), para
entender seus novos poderes e explicar suas descobertas, enquanto busca
vingar-se do mafioso chinês.
O filme não é recomendado para
Mas vamos lá!
Lucy, 2014 Direção: Luc Besson Roteiro: Luc Besson
Gênero: Ação, Ficção Científica Elenco: Scarlett Johanson, Morgan Freeman,
Min-sik Choi, Amr Waked
Supõe-se que no leque da ficção tudo é
possível, e por isso nos últimos tempos do cinema, inventa-se o que se bem quer,
sem medo de ser feliz. Ok. Tudo aquilo nunca visto antes é denominado ficção, portanto, possível em um mundo
irreal/imaginário/inventado. Respeitando essas premissas, pergunto: Só porque
no mundo da ficção científica o impossível é possível, diretores podem trazer
às telas do cinema as baboseiras mais infundadas e truanescas? E olha que eu
estava com medo de Godzilla...!!!!
Em Lucy decidiu-se abusar da lenda urbana sobre a potência
máxima da capacidade cerebral não ultrapassar os míseros 10%, (alegação, aliás,
já contradita inúmeras vezes...). Ok. Supondo que seja mesmo verdade não termos
acesso aos 90% da capacidade restante, e um diretor entediado quis nos mostrar
o que aconteceria caso chegássemos aos 100% dessa envergadura cerebral,
pergunto: Apesar de toda a gororoba aqui ser ficcional, ele não poderia
ter criado uma trama menos absurda que Lucy e sua capacidade de emitir
raios pela boca? Antes fosse pelo rabo! Assim veríamos o autêntico charme da
Scarlett Johanson ir por água abaixo, tendo dessa forma algo mais substancial para
contar ao final (se não do filme, pelo menos da atriz).
Definitivamente, se há algo que Lucy não apresenta
é 100% de coisa alguma! Nossa protagonista chega a se desintegrar em um
banheiro de avião, e depois volta em uma cena posterior como se nada tivesse
acontecido. Antes ela tivesse sumido na privada e acabado prematuramente com o
suplício de assistir essa "obra" completa. Tempo! É o recado do diretor! E ele nos deixa essa noção semântica
como resposta de todos os enigmas do mundo! Preferia ter levado um soco na cara!
De repente, alguém com tamanha capacidade cerebral, capaz de tudo e nada ao mesmo tempo, bem podia ter nos revelado como se deu a criação do mundo; o que transita muito abaixo das águas frias e escuras do oceano, se há vida em outros planetas, para onde vão (onde estão) os passageiros que desaparecem em desastres de aviões; se Atlântida de fato existiu, sobre a data no calendário Maia... Para alguém que aprende instantaneamente e sabe tanto de repente, Lucy não nos responde coisa alguma. Outro quesito bastante pretensioso do filme é sua afirmativa final: “Agora que você já sabe...”. Sabemos o que mesmo? A única informação adicional que tive após assistir a trama é que ela não paga sequer a pipoca.
De repente, alguém com tamanha capacidade cerebral, capaz de tudo e nada ao mesmo tempo, bem podia ter nos revelado como se deu a criação do mundo; o que transita muito abaixo das águas frias e escuras do oceano, se há vida em outros planetas, para onde vão (onde estão) os passageiros que desaparecem em desastres de aviões; se Atlântida de fato existiu, sobre a data no calendário Maia... Para alguém que aprende instantaneamente e sabe tanto de repente, Lucy não nos responde coisa alguma. Outro quesito bastante pretensioso do filme é sua afirmativa final: “Agora que você já sabe...”. Sabemos o que mesmo? A única informação adicional que tive após assistir a trama é que ela não paga sequer a pipoca.
Quando Lucy adquire seus poderes, conseguindo mover
objetos com a mente e até mesmo derrubar guardas com um olhar, achei que
teríamos uma super-heroína de quadrinhos. Até essa ideia daria para engolir;
afinal, seria mais viável criar alguém com super poderes do que alguém com
super respostas pseudo filosóficas e vazias. Para incrementar o filme, fizeram
aquela corrida de carros absurda, onde Lucy dirige na contra mão, mata umas
dezenas de policiais, pedestres, civis..., pois aparentemente tudo que importa
(e aqui o fim justifica os meios) é ela recuperar a droga da mão dos bandidos
para injetar em si mesma. Lucy não parece possuir senso de moral ou
responsabilidade (ao contrário de um bom super-herói), pois mata qualquer um
que atravesse seu caminho, visando apenas vingar-se do mafioso chinês, e
descobrir a “verdade da vida”. Com tantas habilidades ao seu dispor, Lucy,
nossa protagonista superdotada, não poderia tê-las explorado melhor? Tipo: na
matemática, na ciência, em solucionar enigmas e propor soluções para um mundo
menos bosta?
A impressão é de estarmos observando uma criança
birrenta brincando de levitar capangas, digitando velozmente em dois
computadores ao mesmo tempo em que faz carinha malvada, viajando por redes elétricas em
uma cadeira até encontrar um macaco... empregando a mega capacidade que agora dispõe, apenas para fazer tolices em seu plano vingativo!!!!
Com essa apresentação e abordagem, ficou mesmo muito
difícil a tarefa de se envolver com a personagem, com o trama, e até mesmo com
os atores...