Thirteen Reasons Why é um romance do escritor Jay Asher publicado em 2007. O livro alcançou o primeiro lugar no New York Times bestseller em Julho de 2011.
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13 Reasons Why é uma série
de televisão americana baseada
no livro Thirteen
Reasons Why (2007), de Jay
Asher, e adaptado por Brian Yorkey para a Netflix. A série gira em torno de uma
estudante que se mata após uma série de falhas culminantes.
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AVISO de Spoilers!
Ao princípio pensei que fosse mais uma série adolescente (e ainda por cima americana) tipo “AsSuicidas Patricinhas de
Beverly Hills”... Ledo engano! A gente sofre com os protagonistas da trama de 13 reasons why ao
ponto de ranger os dentes e gritar Nãããooo! Ainda que cada episódio nos deixe
em suspense e nos revele uma nova informação, já conhecemos o desfecho para o último
episódio: O suicídio de Hannah Baker. Sim, uma garota vai se matar e isso já é
informação que o espectador tem de antemão. É o tema da série aqui.
Ao princípio pensei que fosse mais uma série adolescente (e ainda por cima americana) tipo “As
Achei a série bem completa: Abordou a (i)/responsabilidade
e negligência da escola, a relação
superficial e distante de pais com seus filhos, os grupos sociais e panelinhas
do colégio, a efemeridade e superficialidade das amizades nessa idade, os
excluídos, os populares, os rejeitados, os que fazem Bullying e os que sofrem
com ele.
Quando o pai de Hannah Baker vai ao colégio onde sua filha estudava e afirma ao
conselheiro/supervisor que sua filha tinha problemas, e a escola, omissa
e negligente, não percebeu, pensei de imediato:
“Poxa, mas eles que eram os pais dela, tb não
perceberam!”...
Achei que a série deixaria passar essa observação, mas
não. Imediatamente após dizer isso, o próprio pai de Hannah assume essa “falha”
(sim, eles tb não perceberam, e não puderam evitar que a filha se matasse), e a
série esfrega bem na cara do espectador quem tem a “culpa” pelo suicídio – essa
culpa que é jogada de lá para cá, um
para o outro, e é inclusive procurada em tribunais. A culpa
é de todos! Dos pais, da escola, dos “amigos”, do abominável comportamento
social que divide classes por dinheiro e popularidade, beleza e talentos.
E essa é uma das razões pela qual o vilão da trama, por
mais truculento e abominável que seja, continua sendo protegido até o final: Ele
é popular e riquíssimo. É o cara que oferece as melhores festas!
Os pais dos adolescentes em 13 Reasons Why, em
geral, quando perguntam como seus filhos estão, o fazem desde uma distância
infinita: ora envolvidos em problemas financeiros (os próprios pais de Hannah), ora ausentes fisicamente
(exemplo de pais que estão sempre viajando), ora ausentes emocionalmente
(exemplo da mãe que privilegia seu namorado beberrão), ora focados 200% no
trabalho (ex. dos pais de Clay, a mãe em seus casos advocaticios, o pai comendo sucrilhos e lendo no laptop sempre que conversa com ele), ora aqueles super protetores, sempre passando a borracha nas transgressões
dos filhos (pai do Alex, por ex.), evitando que os mesmos assumam as consequências
dos próprios erros...
A adolescência pode ser uma fase traumatizante. A gente
que já teve e viveu uma, bem sabe! Apelidos, brincadeiras de extremo mau gosto,
humilhações, desavenças, concorrência, paixões não correspondidas, dores de
cotovelo, rejeições, notas baixas, repetência, insegurança, imaturidade,
péssimas escolhas, violência física e emocional, problemas familiares, financeiros... E quando tudo isso vem em uma
paulada só? E ainda por cima na tenra idade adolescente, quando o que o jovem mais quer é ser amado, incluído, ser popular (e não mal falado), rir, ter amigos, desbravar o mundo, adquirir o respeito
e confiança dos pais, ser incluído... E quando as janelas e portas se fecham, e
tudo que lhe resta nessa fase de glamour é ver glamour somente para os outros, enquanto sua própria vida parece
vinculada a um mar de fatalidades e desilusões?
Quantas passadas de pernas e traições ele aguentará em pé, antes de começar a culpar seu próprio EU pela forma injusta como é tratado por OUTROS, e então ruir? Quanto tempo ele precisa sofrer pelo mal que terceiros lhe implicam, até começar a acreditar que ser bom, leal e verdadeiro é errado, e que o certo mesmo é ser um grandíssimo filho da puta? Que algo está errado no mundo, e esse algo é ele mesmo? Em seu TODO.
Quantas passadas de pernas e traições ele aguentará em pé, antes de começar a culpar seu próprio EU pela forma injusta como é tratado por OUTROS, e então ruir? Quanto tempo ele precisa sofrer pelo mal que terceiros lhe implicam, até começar a acreditar que ser bom, leal e verdadeiro é errado, e que o certo mesmo é ser um grandíssimo filho da puta? Que algo está errado no mundo, e esse algo é ele mesmo? Em seu TODO.
Hannah, a protagonista suicida, também descreve o significado de “festas” com os olhos de quem é jovem, fazendo-nos voltar ao tempo e aceitar que “festas”, quando se é adolescente e quase tudo é proibido,
são um mundo mágico, uma porta de possibilidades e encantos, uma dimensão para
descobertas. Liberdade! Em festas não há pais, regras, comandos, limites,
controles! O tudo está literalmente liberado (mas é claro, desde que você seja
convidado para o evento)!
São em festas onde o adolescente toma o primeiro porre, dá o primeiro beijo, tem a primeira relação sexual...
O perigo dessa pseudoliberdade é a consequência que essa deflagra quando é composta de exageros e imaturidade.
São em festas onde o adolescente toma o primeiro porre, dá o primeiro beijo, tem a primeira relação sexual...
O perigo dessa pseudoliberdade é a consequência que essa deflagra quando é composta de exageros e imaturidade.
Dois acontecimentos importantes onde a série mostra jovens
consumindo álcool em excesso: Em um deles uma adolescente (bêbada) é estuprada,
em outro, duas garotas (já bêbadas também) acabam se beijando e são
fotografadas (tendo essa foto vazada na Net). Parece exagero de Hollywood, mas
não! No século XXI, não somente os pudores entre os jovens diminuíram, mas
também a privacidade:
Vacilou e pagou mico? Foto constrangedora em rede social! Alguém chora, mas outros certamente gargalharão!
Vacilou e pagou mico? Foto constrangedora em rede social! Alguém chora, mas outros certamente gargalharão!
É gostosinha, está bêbada e dando sopa? Passa a mão
nela! Atola! Tira a roupa dela! Escancara! Ela é fácil! Ela diz que não, mas
sabemos que ela “quer”!
A série marca a ordem cronológica da trama de forma
muito bem organizada, e faz-nos ter a impressão realística de que tudo isso de
fato ocorre em apenas alguns dias. E essa impressão tive através do corte na
testa de Clay. Enquanto o corte na testa cicatriza, ele avança nos tapes...
Chorei litros
Há palavras certas para essas circunstâncias? Há
palavras de conselho únicas e precisas, certeiras e universais? Eu me coloquei no lugar do orientador
do colégio, pois o cara, ainda que proposto a aconselhar, ficou bem desnorteado
quando Hannah o procurou e chorou a sua frente, relatando como se sentia. Se
não bastasse o despreparo dele para falar algo que prestasse, seu maldito telefone
de mesa e celular não paravam de vibrar (nesse último episódio, o tape 13, já
sabemos que ele tem um filho recém-nascido em casa e que sua mulher está em
polvorosa, e consequentemente, ele também).
De qualquer forma foi angustiante essa conversa! Na
posição de expectador, observamos o conselheiro trapalhão e o desespero de
Hannah, impotentes! Mas, e se pudéssemos ajudá-la? Teríamos feito melhor que
ele?
O fato aqui também é que o docente em questão não sabia que ele era a última esperança de Hannah e que ela estava prestes a se matar, nós sim!
O fato aqui também é que o docente em questão não sabia que ele era a última esperança de Hannah e que ela estava prestes a se matar, nós sim!
E o Clay, que embora não tenha feito nada contra Hannah,
também acaba virando um tape, dessa vez não porque ele era mais um dos vilões
que cruzaram o caminho dela, mas pelo contrário, porque era o mocinho (e
diga-se de passagem: o único!)! Ele a amava, e quem sabe esse amor poderia tê-la
salvo. Mas ele não contou o que sentia a ela. Tinha tanto medo quanto Hannah, embora
não as mesmas feridas. Ele sabe e reconhece agora que falhou..., mas é tarde
demais para voltar no tempo.
Voltar no tempo ele não pode, mas pode fazer algo melhor para o futuro
usando o aprendizado extraído através da dor de Hannah: Há mais uma garota em
sofrimento no colégio, mas dessa vez ele tem conhecimento disso, e dessa vez
também, ele sabe o que fazer...
Ansiosos pelo que vem por aí? Isso promete...
13
Reasons Why:
Impactante, atual, verdadeira!
Parece que a segunda temporada será com a Selena Gomez.
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1. Está vetado o linguajar muito sacana ou ofensivo - salvo exceções bem aceitas, do tipo: xingar o próximo (isso pode!).
2. Se quiser delirar, procure a torcida do flamengo, pois de sacana aqui já basto eu!
3. A gerência de marte agradece a compreensão!
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