Título: Gris
Autor: Oliveira, Wilbett Rodrigues
Editora: Opção
ISBN: 978-85-61513-08-5
É com muita deferência com que venho discorrer e apresentar a obra: Gris, de Wilbett Oliveira.
Detalhe: ademais de Wilbett ser o autor de gris, ele é também responsável pelo projeto editorial, editoração, diagramação e capa (que por sinal é de excelente bom gosto!).
Para discorrer sobre este trabalho tirei proveito de algumas palavras do próprio poeta e as utilizei como minhas. Tomei não somente os versos e poemas, como também suas formas e me apossei atrevidamente delas.
Em gris, Wilbett Oliveira consegue impor outro significado às palavras e cria algo único e especial: Sutileza no movimento do verso!
Utilizando-se de imaginação para (re) inventar as mais variadas "formas de realidade", ele cria seus poemas, num contexto profundo e tocante. Desenhados no compasso de cada página: Uma busca. Uma lógica. A missiva gritante em cada página.
Em gris, Wilbett Oliveira consegue impor outro significado às palavras e cria algo único e especial: Sutileza no movimento do verso!
Utilizando-se de imaginação para (re) inventar as mais variadas "formas de realidade", ele cria seus poemas, num contexto profundo e tocante. Desenhados no compasso de cada página: Uma busca. Uma lógica. A missiva gritante em cada página.
Sim, o poeta tem algo a dizer e sua mensagem é clara e concisa. Ele brada seu poema e não obstaculiza a interpretação da leitura com seu atrevimento e apuro, ao contrário disso, faz-nos refletir e fascinar.
Sem cair nos velhos jargões dos antigos trovadores – Wilbett enverga-se de disposição para sangrar o “poema derradeiro”. Ele reinventa a poesia e a transforma em algo mais tácito (se assim posso dizer), onde foge da subjetividade para acercar-se à objetividade dentro do (in) imaginável conflito do novo tempo.
Sem cair nos velhos jargões dos antigos trovadores – Wilbett enverga-se de disposição para sangrar o “poema derradeiro”. Ele reinventa a poesia e a transforma em algo mais tácito (se assim posso dizer), onde foge da subjetividade para acercar-se à objetividade dentro do (in) imaginável conflito do novo tempo.
em vão faço um poema
como se estivesse gris
e elaborasse vozes
no silencio de um instante...
“Como se” dentro do infinito mundo da imaginação poética: O “Tudo e o nada”, o poeta está (aqui e lá, no passado e no presente, ele é claro e escuro), e, pode ser tudo (mas talvez seja nada) senão apenas na fantasia que um poema permite, mas em vão ele o faz. É em vão porque o tempo é outro e o poeta fala inutilmente para um mundo que já não é o mesmo: Um tempo em desconserto, um tempo flutuante dos sonhos, num tempo de despoesia, ou, poestiagem, em seus diversos níveis de (i) realidade.
Morreram os poetas ou faleceram quem os ouça?? Poderá o poema pulsar novamente nesse "novo tempo" de poucos ouvintes onde poetas e poemas perderam valor?
Morreram os poetas ou faleceram quem os ouça?? Poderá o poema pulsar novamente nesse "novo tempo" de poucos ouvintes onde poetas e poemas perderam valor?
Na cumplicidade da tinta
sobre o papel
sangra o acumulo da vida
sobre o papel
sangra o acumulo da vida
O poeta menciona a experiência – usando lentes de grande alcance – e a converte na beleza de um poema para aquele – ou para quem o possa - interpretar.
Gris
andaluz
no fim do túnel
na infinitudinalidade
de tudo
nada...
andaluz
no fim do túnel
na infinitudinalidade
de tudo
nada...
Quem somos, para que viemos e para onde vamos?
Conheça tua essência e talvez saiba quem es!
Conheça tua essência e talvez saiba quem es!
Gris
corais em campos cardinais
números encardidos em prateleiras
signagem do nada.
corais em campos cardinais
números encardidos em prateleiras
signagem do nada.
Movemo-nos com nossos próprios pés e impulso, sem saber para onde nos dirigimos, sem controle. Acreditamos ter plena autoridade sobre nossa vida, mas sequer sabemos quem somos. Somos tudo e nada. Representamos muito e pouco. Somos preto e branco. Um suspiro ligeiro, ou, a eternidade.
Ainda que me falte a palavra adequada para exaltar Gris, digo que Wilbett desenvolve a "4° dimensão da linguagem" - empregando a irrealidade poética como forma figurada de objetivar a filosofia que apresenta, ele manifesta autoridade sobre o simbólico, este que tange o pensamento. O escritor domina proposições infinitas: Reconhece o ponto de convergência e divergência entre filosofia e linguagem e o revela em cada verso. – Gris consegue apreender a malignalinguagem de um poeta único, num único tempo, no tempo de todos e para todos. Nem claro e nem escuro: Somente gris!
O poeta cabixaba, Wilbett Oliveira é Pós-graduado em Literatura Brasileira e Prof. da área de Letras na Faculdade Teixeira de Freitas e Faculdade do Sul da Bahia. É editor da revista Mosaicum e autor de Sêmen ou versos entretecidos ou um só poema, Garimpo e outros poemas e Partes.
Para saber mais, ou, comprar as obras do escritor, acessem: Aqui!!!
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Uauuuu, super resenha!!!
ResponderExcluirFiquei curiosa pelo livro, parecem fantásticos os poemas! O poeta teve sorte de contar com vc, falou com a pessoa certa!
Beijo enorme!