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As séries mais bizarras da TV (dos últimos tempos)!





Eu curto séries de montão. Por isso, nem bem acabo de assistir uma (quando gosto e a levo até o final, claro), e já começo outra. Pesquiso antes, vejo sinopse, atores, diretores, blá blá blá e aí mando ver. Apesar da pesquisa prévia, nem sempre o resultado exitoso é garantido...
Agora com a Netflix também, a gente tenta se adaptar com que há ali, já que há muitas opções de séries. Fazendo isso de uns tempos para cá, percebi que as séries boas (em minha opinião e bel-prazer, evidentemente), eu já tinha visto; tipo: Lost, 24 Horas, Friends, Breaking Bad, Desperates Housewives... Aí restou aquelas que até então nunca tive interesse em ver ou sequer as conhecia, e comecei a acompanhar.

Série pastelão number 5: 

Parenthood

Essa série tinha potencial, pois apesar de não acontecer NADA, ela consegue cativar (a princípio) por causa das relações/problemas familiares e tals... No entanto, por falta de sal e pimenta nesse angu, já na segunda temporada vemos que o objetivo de Parenthood é ser patético. Meu Deuzzz, nunca vi tantos olhos molhados, gaguejeira, nariz vermelho, ranho, finais felizes iguais e previsíveis quanto aqui. Ademais de não acontecer NADA (como já disse antes), algumas situações não encaixam direito, e tanto personagens quanto acontecimentos se perdem pelo caminho. Por mais que o diretor invente uma briguinha ou outra entre os familiares, eles sempre acabam se entendendo em prol de finais felizes. Cara, para fazer um enredo familiar de sucesso, a história deve ter pelo menos um fdp! Sei lá! Um irmão invejoso ou um marido traidor, um tio pedófilo, uma cunhada ciumenta... Por favor, me deem um vilão para amar odiar! Mas em Parenthood tudo é chato perfeito demais... Boring!!! 
Sente o drama:

Vou citar alguns exemplos: o Crosby Braverman no começo da trama tem uma namorada de anos, relação séria, e o escambau. A mina quer engravidar a qualquer custo, seja dele ou não. Aí eles combinam de ter um filho em três anos... No decorrer da história, uma garota chamada Jasmine aparece com uma criança (Jabbar) já com cinco anos de idade, e revela que é o filho dele. Tá. Ok! De repente, o Crosby, todo garotão, porra louca, que não quer saber de filhos nem pintados de ouro, assume o Jabbar e a mãe dele, desesperado tanto para ser pai quanto para ser o marido da tal Jasmine (a pegada de apenas uma noite que gerou um filho, declarados no futuro como amor à primeira vista, mulher da minha vida, e tals...). A pergunta que não quer calar aqui é: Onde raios foi parar a namorada do Crosby nessa salada mista? A gata simplesmente desapareceu! O diretor poderia tê-la matado, sei lá! Jogado o corpo no rio, dar pelo menos um adeus à personagem...
O patriarca dessa família tem uma caixa de preservativos na gaveta de seu escritório. Lá pelas tantas, quando é contestado por um dos filhos a respeito, ele confessa que o casamento dele com a matriarca não vai bem, e que recebe visitinhas extras conjugais vez por outra. Ok. O cara não está pulando a cerca, pois parece tudo muito bem assumido aqui, e ademais, esse "escritório" fica no quintal da casa dos Braverman. Mas aparentemente o diretor se arrependeu dessa ideia, pois três capítulos depois, Zeek e Camille parecem viver muito bem (apesar de ela estar ainda muito chateada por ter sido traída muitos anos antes). Oi??? A Sarah encontrou facilmente (não um) mas uma caixa inteira de preservativos! E a mulher dele nunca viu isso? Zeek confessou à filha que copula recebe visitas ali, mas isso tampouco a mulher dele viu? Ok... Melhor nunca mais falarmos sobre isso e esquecer essa história. Ponto final. Foi o que o diretor fez. "Ah, deixa isso pra lá! Tenho certeza que o expectador não vai perceber mesmo!". Ele deve ter pensado algo assim.
Outra inconsistência: a Haddie (filha do Adam e da Kristina), começa a namorar; está apaixonadinha, quer transar, e tals... Aí, a Amber (filha da Sarah) passa a perna nela e dorme com o rapaz (namorado da Haddie) antes da prima. Ao revelar a traição: Amber chora (para variar), descabela-se, alega ter a conexão com ele da qual Haddie não tem. Elas brigam no colégio, saem no tapa; fazem um drama mexicano americano de encher o caneco. Mas depois de tudo isso (da suposta conexão e envolvimento de Amber com o namorado da prima), a gente acha que eles assumirão um relacionamento duradouro (ou não), lutarão para ficarem juntos... mas... O rapaz simplesmente desaparece da série! Nenhuma das primas fala mais sobre ele. É como se o garoto, o desentendimento, a traição, e a briga de porrada entre elas jamais tivesse existido. As duas são tão primas e amigas agora quanto antes. Esse rolo só serviu para encher linguiça! Fala sério! Que paixões são essas??? Ah! Se fosse prima minha...
Por falar ainda no drama chorão de Parenthood, quando a Sarah se apaixona pelo professor de sua filha, ela descobre que Amber também está apaixonada por ele. E aí, tal qual Laços de Família, Sarah desiste de seu grande amor em nome da perfilha. Nenhuma das duas fica com o cara, e novamente... Mais um personagem desaparece! Um capítulo depois, nem mãe nem filha estão apaixonadas por ele, ou talvez as duas estejam (?). No entanto, o professor garotão não existe mais... Não entendo porque o diretor inventa essas saladas se depois não tem competência para estruturá-las e ir adiante com elas. Qual foi o ponto aqui? A paixão de Sarah pelo professor ou a renúncia dessa “paixão” em nome da filha? Ou o amor pela filha que gostava do mesmo cara que a mãe? Ou o que? Já que meio capítulo mais tarde, a filha de Sarah (tão apaixonada por seu professor) estava se “conectando” apaixonadamente, agora, por outro cara, namorado de sua prima? Tem tanta linguiça nessa série que daria para alimentar a Alemanha inteira.
Falando no personagem de Sarah e sua família, é mais uma das coisas que não cola nem com Super Bonder. A princípio, Sarah era a mulher descolada, malucona, liberta, radical... da família Braverman. Meio capítulo mais tarde, é uma mãe zelosa e dedicada que parece não ter tido o passado que teve, tampouco ter sido a mãe porra louca que foi. Aliás, Amber tampouco parece ser mais a menina beberrona do primeiro capítulo, pois logo ela se torna responsável e madura, ao mesmo tempo em que é tratada como se ainda tivesse dez anos.
E outra: da noite para o dia, Sarah, a loser, escreve uma obra (em papel mesmo, tipo uma garranchada) que é vista como genial por seus leitores de banheiro. Seu pai, do nada, de repente tem um renomado amigo diretor de teatro, que acaba transformando Sarah em dramaturga, e leva seu garrancho aos palcos.  Cláp cláp cláp

Para resumir ainda mais, Parenthood é um passatempo água com açúcar, brando, inconsistente em muitas partes, que foca no drama da forma mais patética possível. Cada capítulo começa com algo, tipo assim: O Adam não tem tempo para jantar fora com a família em uma quarta-feira. E termina com ele encontrando a casa vazia quando chega do serviço, refletindo, sentindo saudades dos seus... Aí ele acaba indo para o restaurante, onde todos se emocionam ao vê-lo, e celebram felizes com uma música emocionante de fundo. E mais um Happy End é lacrado para os Braverman! Pa pa pa té tico!
Tá bom, gente! Meu coração que é de pedra...

Bom, em suma, Parenthood é isso. Tinha potencial, mas faltou (ou sobrou?) peças nessa família. Poderia citar mais um duzentos exemplos, mais aí esse post ficaria gigante e ninguém leria isso. E para constar, só aguentei ir até o final da terceira temporada.

E o post com as séries mais bizarras da TV, continuará...

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1. Está vetado o linguajar muito sacana ou ofensivo - salvo exceções bem aceitas, do tipo: xingar o próximo (isso pode!).

2. Se quiser delirar, procure a torcida do flamengo, pois de sacana aqui já basto eu!

3. A gerência de marte agradece a compreensão!

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