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A falta de atenção das pessoas está em todos os lugares!



Onipresente no século XXI não é Deus, mas a falta de atenção do ser humano em tudo aquilo não virtual! Em Deus não acredito, mas no déficit de atenção, sim!
Amém!



Chego com o Deutscher na cidade de Nürnberg, no apartamentinho mobiliado (conhecido na Alemanha por Ferienwohnung), provisório, com nossas dez malas, direto do aeroporto, vindo do Brasil. O dono está lá para nos receber, e cordial, até nos ajuda com as malas. Para um apartamento alemão, ficou assombrada (positivamente) com o asseio deste; pois para variar quanto à porquice cultural do velho mundo, está realmente limpo, impecável!
O cara, no entanto, dono do apartamento, deve ter aquele problema atual que afligiu as mentes do planeta terra: não escutou prestou atenção que meu marido é não somente alemão, MAS nuremberguês; que nasceu, estudou e viveu na cidade maior parte de sua vida. Atentado somente ao fato que chegamos do Brasil, o cara deve ter pensado que somos um tipo de casal brasileiro que fala muito bem alemão, inclusive com o sotaque dificílimo daqui, como se o alemão de Nuremberg fosse um tipo de idioma universal.
Até aí, estamos nos lixando para o déficit de atenção dele para as coisas básicas que resumem uma conversa entre pessoas civilizadas que acabam de se conhecer pessoalmente, pois no mundo desnutrido de hoje, não é novidade que ninguém se importa mais com ninguém, pois falar é muito mais importante que ouvir, e tudo que se precisa saber, afinal de contas, deve pode ser lido no FB. 

Olho pela janela fazendo questão de mostrar que sei exatamente onde estamos, quando reconheço o Cinecittá em voz alta, no outro lado do rio. O homem não parece surpreso mesmo assim. Afinal, ele deve supor ainda que todos seus hóspedes conhecem o cinema mais famoso da cidade em uma simples piscadela de olhos, inclusive (ou principalmente) turistas que vêm da América do sul, falando alemão nativo (tal qual meu marido), reconhecendo os pontos turísticos desde a janela de onde estão. Realmente, não foi o desinteresse total dele em nós que me surpreendeu, mas as consequências que a falta desse interesse gerou em seus comentários infames.
Vejamos: Ao nos mostrar a cozinha, vi o lixeiro para material reciclável, ainda incomum no Brasil. O tal lixeiro, dividido em quatro compartimentos, nos auxilia a separar o papel, o lixo orgânico, o plástico, e o vidro... Whatever! Perguntei ao cretino onde ficava o container do prédio para deixar o lixo. No entanto, focado somente em mostrar sua jumentez seu conhecimento sobre o Brasil (era a única coisa que associava o que o cara sabia da gente), ele respondeu sem concentrar-se na pergunta antes de respondê-la. Em seu cérebro ágil, o infeliz entendeu que eu não sei diferenciar papel de plástico, e lançou a piada hilária no ar, contestando algo não perguntado jamais:
“Aqui, depois de separar o lixo, nós o jogamos nos contêineres; e não na favela!”
Poxa, levei um baque filho da puta no estômago. Primeiro, porque o imbecil ainda não tinha se dado conta que meu marido é alemão, da própria cidade; que moramos na Alemanha por três anos. Depois, ou inversamente (não sei a ordem da fúria), sabendo que no Brasil há favelas (que culto!) o sabichão desconcentrado pensar que nós, brasileiros, jogamos nosso lixo lá. Aí, de forma bondosa, preferi achar que não tinha entendido direito o que o babaca falou, mas ao olhar para o meu marido, não tive dúvidas. Ele estava tão chocado quanto eu! Sem perceber que a piada fora de extremo mau gosto e não nos causou qualquer graça, o homem continua abrindo portas de armários da cozinha, até que desiste e anuncia:
“Ah, esse lugar aqui é para a senhorita se divertir!”
E olha para mim, infeliz, sem precisar dizer que em sua opinião: “Lugar de mulher é na cozinha”. 

Eu sei! Deveríamos ter dito algo, enfiado o verbo no machão europeu! Mas não dissemos nada em meio ao torpor que só veio a calhar depois, quando ao anoitecer, os aquecedores pifaram, e meu marido ligou para o homem reclamando. Primeiro o cara tirou o corpo da reta, insinuando que “talvez” não soubéssemos ligar o equipamento. Depois, fez mais uma anedota sobre um pessoal das Filipinas que se hospedou no mesmo apartamento em dezembro (um dos meses mais frios do ano) também reclamando dos mesmos malditos aquecedores: “Claro, esse pessoal está acostumado com 35 graus positivos, por isso não consegue suportar um “friozinho”, e reclamam por nada. “Friozinho” diga-se de passagem, que pode chegar aos vinte graus negativos nesse mês. E foi aí que, insultado mais pelo que o jururu falou a respeito dos filipinos do que de nós, meu Deutscher juntou os palitos e desceu a verborragia cacetetória no galo.

Eu até queria dizer que já conheço essa falta de sutileza alemã, e que por isso não me surpreendi; mas não é verdade! Em todo o tempo que vive aqui, ou nas várias vezes que passamos férias... NUNCA conheci um alemão tão ignorante em sua “sinceridade” de dizer coisas estúpidas! Não! Não é comum mesmo! Que o “alemão” é duro, frio e sincero ao extremo, lá tem suas verdades... Mas em geral, a “sinceridade” alemã é inteligente; jamais imbecil! E machona desse jeito? Humm... Acho que quem está no país errado é ele, só que é tão burro que ainda não percebeu...


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Qualquer semelhança desse blog com a realidade, é pura cagada.

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